Aluguei um imóvel. E agora?
Especialistas recomendam que o valor total do aluguel de um imóvel não seja superior a 30% da renda familiar mensal. Além disso, é preciso considerar outros valores para totalizar esta despesa para que caiba no seu orçamento.
Calcule todas as despesas do aluguel
Quando alugar um imóvel é preciso entender que os custos vão além do valor do aluguel. Nesta conta você deve considerar por exemplo, o valor do condomínio que em muitos casos são altíssimos chegando próximo ao valor do próprio aluguel. Além do condomínio, há outras despesas de consumo como: energia elétrica, água, internet etc. Outros gastos a ser considerados são:
Taxa de IPTU: o valor pode ser pago à vista ou parcelado em 12x e mesmo que não seja mensal, deve fazer parte dos cálculos.
Seguro incêndio: é obrigatório em contratos de locação e mesmo que legalmente, seja responsabilidade do proprietário, a lei permite que a despesa seja transferida para o inquilino mediante negociação contratual.
Em alguns casos você pode encontrar imóveis que no preço do aluguel tenha algumas dessas despesas inclusas, mas não costuma ser o padrão dos aluguéis imobiliários.
Informe-se sobre as despesas iniciais do contrato
Você precisa estar ciente de todos os custos iniciais de um contrato de locação, isso pouco varia de imobiliária para imobiliária e costuma ser flexível nos contratos com particularidades. Alguns exemplos são:
Reparos: antes de fazer qualquer reparo ou melhoria em um imóvel alugado, consulte o proprietário ou a imobiliária e verifique também se os reparos são reembolsáveis de imediato ou na saída do imóvel.
Seguro-fiança: se você não dispõe de um fiador, pode ser que seja necessário a contratação de um seguro. Trata-se de uma apólice que servirá para pagar aluguéis atrasados em caso de inadimplência e/ou situação de despejo. Se tudo correr bem durante a validade do contrato, ao final você terá o valor devolvido integralmente somado aos juros da rentabilidade da aplicação.
Planeje as despesas
Crie um controle com todos os gastos previstos ao longo do ano e separado por meses. Nas despesas fixas considere aluguel, condomínio, parcela de IPTU (em caso de pagamento à vista, registre no mês de vencimento). Já as variáveis são: energia elétrica, gás, água entre outras despesas cujo os valores podem variar de acordo com o consumo.
Fique atento ao reajuste anual no valor do aluguel. A Lei do Inquilinato garante e regulamenta o aumento anual tabelado no valor do aluguel. Na maioria das vezes, o percentual da tabela de reajuste leva em consideração o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) e protege os proprietários da flutuação gerada pela inflação e outros indicadores da economia do país.
Defina o orçamento mensal de gastos
Sabendo quais são as despesas agregadas ao aluguel de um imóvel é possível ter o controle mensal do orçamento. Alinhe as prioridades, o aluguel e demais despesas relacionadas devem ser prioridades absoluta por isso, anote todos os gastos e controle os gastos com compras desnecessárias.
Vale lembrar que vários fatores influenciam no preço dos aluguéis: localização, estado de conservação, proximidade de transporte público, mercado imobiliário aquecido e principalmente, a relação entre oferta e procura.
Pesquise os preços do aluguel na região de seu interesse, negocie, peça desconto e faça uma inspeção. Verifique as condições físicas do imóvel como paredes, instalação hidráulica e elétrica pois todas as características do imóvel devem ser anotadas na vistoria quando o contrato de locação é assinado. Também visite a vizinhança para saber se o imóvel está localizado próximo de comércios, transportes e outros serviços.